O acesso ao saneamento básico é essencial para garantir saúde e dignidade à população. Mas, no Brasil, mais de 90 milhões de pessoas ainda não têm coleta e tratamento de esgoto e 34 milhões não são atendidas pela rede de água, segundo relatório do Instituto Trata Brasil e GO Associados, com dados de 2023 –os mais recentes. Iniciativas para reverter esse quadro, portanto, são fundamentais. A Águas do Rio, concessionária atuante em 27 municípios do Rio de Janeiro, trabalha para garantir esse avanço. Em quase 4 anos de atuação, já levou água tratada regularizada pela 1ª vez a 621 mil pessoas.
O dado é contabilizado desde 1º de novembro de 2021, quando se iniciou a concessão do serviço da companhia no Estado, até 30 de setembro de 2025. Na área de atuação da empresa, que faz parte do grupo Aegea, estão 700 comunidades vulneráveis, sendo 525 na capital. Nessas regiões, há locais em que as redes de abastecimento e tratamento ainda estão progredindo.
Para alcançar esses e outros espaços, além de modernizar toda a estrutura, a companhia já investiu R$ 5,1 bilhões e deve destinar mais R$ 19 bilhões até 2033. Ao longo dos 35 anos de concessão –até 2056– a expectativa é chegar a R$ 40 bilhões no total.
Entre os avanços estruturais para levar o acesso a mais gente e fazer melhorias, já foram 1.569 quilômetros de rede de água e 237 quilômetros de rede de esgoto instaladas ou substituídas e, só em comunidades vulneráveis, as equipes da empresa realizaram 680 mil serviços.
O trabalho está alinhado com o Marco Legal do Saneamento, atualizado pela lei 14.026 de 2020. A revisão estabeleceu metas de atendimento de 99% da população com água potável e de 90% com coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, com possibilidade de ampliação do prazo até 2040.
O diretor-presidente da Águas do Rio, Anselmo Leal, destaca que a preocupação com o impacto social é uma das marcas da empresa. O levantamento Mapa ESG Brasil, da Plano Consultoria, de 2024, mostra que o social é prioridade da agenda ESG (ambiental, social e governança, da sigla em inglês) de 72% das organizações.
Para uma empresa que atua na prestação de um serviço básico, essa vocação se torna mais imperativa. “Avançar nisso significa muito mais do que levar água e esgoto tratados. É reduzir desigualdades, promover a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. Para nós, da Águas do Rio, cada obra e cada ligação representam a chance de cuidar das pessoas e transformar realidades”, disse Leal.
Ele destaca a importância da atenção ao ESG na operação da companhia, que também tem forte ação no campo ambiental. “É um pilar central da nossa estratégia de negócio e traduz nosso compromisso em unir sustentabilidade, governança ética e impacto social positivo. Para nós, olhar para os vulneráveis, investir em práticas ambientais responsáveis e manter uma gestão transparente não é apenas um diferencial competitivo, mas uma exigência de um mundo que precisa de soluções urgentes e consistentes.”
O diretor-presidente lembra ainda que o trabalho com foco em expandir o acesso ao saneamento “vai além de um problema de infraestrutura” e tem um impacto direto em um aspecto não apenas social, mas especialmente de saúde pública.
A ausência desse tipo de serviço básico de acesso à rede de água e coleta e tratamento do esgoto provoca uma maior incidência de doenças como diarreia, esquistossomose, leptospirose, febre amarela e hepatite A, além de outras enfermidades de veiculação hídrica.
Estudo do Instituto Trata Brasil com a consultoria Ex Ante mostra que, em 2024, o país registrou 344 mil internações pelas chamadas Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado. Desse total, mais de 43% foram de idosos e crianças de até 4 anos, grupos mais suscetíveis a essas enfermidades. Em 2023, houve 11.544 mortes por esse conjunto de doenças, também segundo o levantamento.
Água encanada vira realidade
Entre as comunidades vulneráveis atendidas pela Águas do Rio, parte desse movimento de inclusão sanitária, estão a Rocinha, o Complexo do Alemão e o Morro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro. Também estão sob a atuação da concessionária municípios da Baixada Fluminense, como Mesquita e São João de Meriti.
Neste último, 16.000 pessoas viram a água tratada regularizada chegar na torneira pela 1ª vez após as obras de melhorias da empresa, que incluíram extensão da rede e implementação de sistemas de bombeamento. Patrícia Silva, cabeleireira e moradora da comunidade Pátio Estação, no bairro São Mateus, foi uma das beneficiadas, em agosto deste ano.
Ela conta que, antes, gastava de R$ 30 a R$ 40 por semana para comprar galões. Outros recursos eram usar o poço ou buscar água na casa de conhecidos. “Estou muito feliz que a água chegou onde a gente mora. Já estou aqui há mais ou menos 30 anos e só agora pude fazer comida com a água que chega na minha casa. Agora muda tudo. Vou poder lavar os cabelos das minhas clientes, cozinhar, beber. Não vou precisar mais usar água do poço”.
Nos próximos anos, a Águas do Rio vai seguir ampliando a cobertura, especialmente em áreas mais pobres, em conformidade com o Marco Legal do Saneamento, fazendo a água potável e a rede de tratamento de esgoto chegarem a pessoas como Patrícia. Esse avanço vem acompanhado de um olhar especial para o cliente de baixa renda, com ações voltadas à inclusão e ao acesso a serviços essenciais de forma digna.
Fonte: www.poder360.com.br
Digite seu E-mail abaixo para assinar nossa newsletter
Rua Victor Meirelles, 301 - CentroSanta Rita do Passa Quatro-SP
(19) 3582-6363
santarritense@santarritense.com.br