Brasil vence seu primeiro Oscar

Conquista histórica veio com a vitória de “Ainda estou aqui” na categoria “Melhor Filme Internacional”

 

Diretor de "Ainda estou aqui", Walter Salles recebe a estatueta do Oscar 2025

O Brasil fez história no mundo do cinema na última cerimônia do Oscar, realizado no domingo, 02 de março, ao conquistar sua primeira estatueta dourada com o filme “Ainda estou aqui”. Dirigido por Walter Salles, o longa foi premiado na categoria de Melhor Filme Internacional e se tornou um marco para a indústria cinematográfica brasileira. A conquista representa não apenas o reconhecimento de uma obra, mas do cinema brasileiro e da riqueza cultural e histórica do país.

Ao todo, “Ainda estou aqui” foi indicado em três categorias do Oscar: Melhor Filme Internacional, Melhor Filme, e Melhor Atriz pela atuação de Fernanda Torres. Algo que já era inédito, tendo em vista que nunca antes uma obra cinematográfica nacional havia recebido uma indicação à categoria de “Melhor Filme”.

O representante do Brasil concorreu com produções de outros quatro países, sendo: “A garota da Agulha” (Dinamarca), “A semente do Fruto Sagrado” (Irã), “Flow” (Letônia) e “Emília Perez” (França). 

A atriz Fernanda Torres chegou a ser cotada como a vencedora do Oscar de melhor atriz por alguns sites especialistas na premiação, em outros, ela aparecia em uma disputa acirrada com Demi Moore, mas quem levou a estatueta para a casa foi a jovem Mikey Madison, por seu papel no filme Anora. 

No discurso da vitória por “Ainda estou aqui”, o diretor Walter Salles homenageou Eunice Paiva, símbolo do filme ao lado do marido Rubens Paiva, e as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres que a representaram nas telonas.

“Ainda estou aqui” é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado federal Rubens Paiva, cassado e morto pela ditadura militar no Brasil. A obra foca na luta de Eunice Paiva, a viúva, interpretada por Fernanda Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice, para se restabelecer e cuidar da família após o sequestro e desaparecimento do marido, interpretado por Selton Mello,  por agentes do regime que foi instaurado à força em 1964 e só terminou em 1985.  

Ainda Estou Aqui se tornou um fenômeno de público e crítica, e já se consagrou como a quinta maior bilheteria na história do cinema nacional. O filme já levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas no país.

Ainda em janeiro, Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui, e trouxe outra estatueta inédita para o país. Na metade do mês, o filme também foi indicado na categoria de Melhor Filme em Língua Não-inglesa ao BAFTA 2025, considerado o “Oscar Britânico”.



John Doe

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