Câncer de mama: método criado na USP usa inteligência artificial para ajudar no diagnóstico

Trabalho do pesquisador João Vitor Santillo analisou ultrassonografias com a ajuda de modelos chamados de

  

Projeto do pesquisador João Vitor Santillo já foi aprovado pela banca na USP São Carlos. Ideia é contribuir com diagnóstico de câncer de mama. — Foto: Divulgação

A pesquisa de um aluno do MBA em Inteligência Artificial e Big Data da USP São Carlos quer tornar mais preciso o diagnóstico de câncer de mama.

No trabalho, o pesquisador João Vitor Santillo propõe o uso de uma ferramenta de I.A que, a partir de imagens de ultrassonografia, seria capaz de analisar e indicar com mais exatidão as áreas com maior presença de tumores.

A base da tecnologia seria programada com as chamadas redes neurais, sistemas em que máquinas ou modelos conseguem tomar decisões semelhantes às de um cérebro humano.

O trabalho foi orientado pelo professor Fernando Pereira dos Santos, do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP. A ideia para o projeto, segundo Santillo, surgiu por causa de uma experiência familiar.

“A experiência com a minha mãe, que hoje está felizmente curada, me fez refletir sobre a importância de ferramentas que possam acelerar e melhorar a triagem no sistema de saúde. Com isso, casos de maior risco poderiam ser priorizados, tornando o encaminhamento mais ágil e, consequentemente, aumentando as chances de cura”, argumenta.

O pesquisador usou um banco de imagens de ultrassonografias e foi fazendo ajustes para garantir que fossem compatíveis com a rede neural.

  

Modelo de inteligência artificial usado por pesquisador da USP São Carlos "desenha" mapas de calor para identificação de tumores — Foto: Reprodução

Em uma das últimas etapas, a ferramenta gera mapas de calor que forneceriam não apenas a definição do tumor (maligno ou benigno), mas também áreas específicas que teriam influenciado na classificação. O modelo, segundo o estudo, alcançou eficiência entre 95% e 96%.

Importância da pesquisa e sequência

O câncer de mama é o tipo mais comum no país e a incidência de casos deve aumentar em 30% até 2040 em todo o mundo, conforme dados do International Agency for Research on Cancer (IARC).

O projeto de Santillo, portanto, busca diminuir o tempo entre a detecção do tumor e o início do tratamento, cenário ideal para aumentar chances de cura. O pesquisador também reforça que a ideia não é substituir o papel de um médico, e sim otimizar o processo de diagnóstico.

 Por g1 São Carlos e Araraquara

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2025/01/16/cancer-de-mama-metodo-criado-na-usp-usa-inteligencia-artificial-para-ajudar-no-diagnostico.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=canais&utm_campaign=g1-s%C3%A3o-carlos-e-araraquara


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