Nos tempos de outrora

Monumento faz parte do Jardim Neve da Montanha em um dos principais cartões-postais da cidade

Nos tempos de outrora: 1940 e depois 1950, ou alguma coisa, aventurar-se a uma até Aparecida do Norte era coisa mais difícil de se fazer. 

Uma família, moradora da mesma fazenda que a nossa, depois da colheita do algodão, com a renda boa, resolvem partir via ferroviária até São Paulo, antes pegando o trem 911 aqui em Santa Rita indo até o Porto depois embarcaram na composição vinda de Descalvado, mas antes passando pelas estações de Laranja Azeda, Pirassununga, Souza Queiroz, Leme, São Bento, Elihu Root, Loreto, Araras, Remanso, chegando a Cordeiropolis donde fizeram baldeação no trem vindo da Alta Paulista e desembarcando na Estação da Luz em São Paulo. Isso já era quase ao anoitecer, pernoitando numa pensão na Rua Mauá, quase bem em frente a esta estação. Na manhã seguida, partindo via rodoviária pela empresa Pássaro Marrom até Aparecida do Norte.

Quanta novidade no trajeto meu Deus! Ao retornarem à fazenda, tinham muita novidade para contar. E assim se fez! Tiveram assunto por muito tempo.

Curioso que também, juntamente com meus avós maternos, isso em 1957, quando retornamos de Aparecida até a pensão próxima a Estação da Luz, meu avô, velho conhecedor da Capital, pôs-se a caminhar comigo pela cidade. Ao retornarmos passamos por uma feira livre, onde frutas de todas as espécies e de muitos lugares do mundo ali se encontrava. Da Espanha, figos prensados; damascos, maçãs argentina, até cheiravam de longe, e tantas outras.

Foi quando meu avô disse: “Compra a fruta que você quiser que o vô paga!”. Com saudade do meu quintal, pedi uma MANGA ROSA! O velho ficou furioso!

Caipira é outro nível! Fazer o quê?

Colaborou com esta matéria o escritor santa-ritense Argemiro Octaviano.



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